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Em abril desse ano, tive a oportunidade de ficar 5 dias em Manaus com a minha mãe. Ela recebeu o convite de aniversário de uma tia e quando me pediu para ir junto, aceitei logo, já que não era um destino no topo da minha lista e eu nem sei quando essa viagem poderia acontecer.
Estávamos em um grupo imenso, com familiares de todo canto do Brasil e por isso, fechamos um grupão e fizemos os passeios juntos. Foi a primeira vez, em muitos anos, que viajei sem programar absolutamente NADA.
Então, fechamos uma van só para o nosso grupo, e todos os passeios (mais distantes) foram com a Amazon Destinations.
Planeje tudo da sua viagem através desses links específicos e ajude o Tik.
Se você pensa que a capital do Amazonas é uma cidade pequena e sem nada para fazer, está muito enganado. Manaus é cidade grande, tem tudo que a gente precise, inclusive praia, a praia é de rio, mas tem!
É entrada da maior reserva ecológica do mundo, ou seja, a Floresta Amazônica.
Manaus vem de uma tribo que vivia ali, chamada Manaós e seu nome significa Mãe de Deus.
A região Amazônica teve seu desenvolvimento com o ciclo da borracha, que por anos foi o principal produto de exportação do Brasil, e teve seu melhor momento no final do século XIX e início do século XX.
Para esses dias na cidade, escolhi ficar em Adrianópolis. Isso porque, enquanto decidia onde me hospedar, li que era a melhor região. Além disso, era próximo ao local da festa.
Antes de bater o martelo, pensei em ficar hospedada no centro, mas logo mudei de idéia, com medo de ser perigoso. Me senti segura em Manaus, mas achei a região que escolhi, de fato, melhor.
O hotel escolhido foi o Blue Tree Premium Manaus.
Nossa estada no hotel foi ótima, próximo a tudo que a gente precisava.
Para vocês terem uma ideia, o uber até o centro dava somente R$ 8,00. Ainda, ficava ao lado do shopping, então, a gente tinha restaurantes perto de nós.
O Blue tree ainda conta com uma equipe bem simpática, academia, piscina, massagem, e como não pode faltar, um restaurante bem gostoso, e por fim, aquele café da manhã de hotel que amamos.
Como disse anteriormente, não fizemos todos os passeios com a empresa, somente os mais distantes.
Saímos com eles em três passeios: Presidente Figueiredo; nado com os botos, aldeia indígena e encontro dos rios; e Musa, isto é, museu da Amazônia.
Presidente Figueiredo foi nosso primeiro passeio. O ônibus chegou para nos buscar na porta do nosso hotel.
Fizemos um bate e volta para a cidade, que fica localizada a 133 km da capital. Seu nome é uma homenagem para João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, antigo governador imperial da província do Amazonas.
Se você gosta de natureza, então Presidente Figueiredo, é o passeio para você. Isso porque, conta com mais de 150 cachoeiras e grutas, no meio da floresta Amazônica.
Visitamos 2 cachoeiras, a de Iracema e a Asframa. Para chegar na primeira, fizemos uma pequena trilha bem leve.
O dia não estava dos mais bonitos, apesar de calor, então fiquei de fora e não mergulhei, mas as duas são lindas.
Enquanto a primeira fica em um local mais selvagem e sem infra estrutura alguma, a Asframa tem uma estrutura de mesas de piquenique e até um bar.
Durante o passeio, ainda rola um almocinho, em um restaurante super simples, mas com uma comida de lamber os beiços. Nosso almoço foi regado a pirarucu, tambaqui, aipim frio, macarrão, arroz, feijão… Enfim, aquela mistureba que fazemos quando ninguém está olhando!
Ah! Antes da primeira cachu, passamos em uma venda de produtos locais, que da vontade de comprar tudo. Tapioca que eles fazem na hora, salame de cupuaçu, bolos, uma infinidade de coisas. Certamente, saímos com umas sacolinhas na mão!
Em um outro dia, fizemos esses passeios todos.
Antes de decidir nadar com os botos, quis ter certeza de que não maltratam e nem prendem os bichinhos e eles, de fato, vivem livres no seu habitat. Além disso, há um limite diário de pessoas que podem fazer o passeio, para que eles não fiquem estressados e o tempo com eles na água também não é longo.
Então, novamente nos buscaram no hotel, fomos até um porto (que não é o porto famoso que fica no centro) e pegamos um barquinho, que foi nosso transporte o dia inteiro.
Chegamos no local, fomos divididos em grupos, porque tem limite de pessoas na água por vez. Nos passaram todas as instruções, não podemos tocar nos botos, nem bater na água, nem falar, enfim… mil regrinhas para o bem estar deles.
Gente, isso dá um nervoso! Dá uma agonia sentir o boto passando no meio das nossas pernas, dá vontade de gritar, mas não podemos. Mas apesar do nervosinho, achei muito legal e fiquei bem feliz que eles vivem no cantinho deles e não são maltratados, como vemos mundo afora.
Logo após o nado, seguimos para aldeia indígena. Fomos para a aldeia da tribo Dessana. Lá, eles fizeram um ritual de danças, pinturas indígenas em quem quis e venderam seus produtos, com um detalhe importante, eles aceitam cartão de crédito.
Pois é, a tecnologia é para todos!
Foi uma visita muito rápida, mas interessante. Quando chegamos, eles estavam cozinhando, não consegui identificar tudo, mas vi que tinham formigas, daquelas bem graúdas.
Me senti naquele programa de TV, a prova de tudo, que o apresentador fica na selva e tem que sobreviver.
Outra coisa muito legal para quem gosta de viver experiências diferentes, é que eles alugam suas ocas para quem quer experimentar essa vida. Existem uns pacotes e até caçar a própria comida, o hóspede deve fazer.
Então, seguimos para o almoço, em um restaurante flutuante. É muito diferente do que estou acostumada a ver, isso porque, é uma vida sobre as águas do rio, quero dizer, escolas, casas, restaurantes. Tudo isso, flutua, no lago Janauary.
O restaurante com comida típica que também estava deliciosa, me esbaldei! Aliás, voltei de Manaus com muito kgs a mais.
Atrás do restaurante, há ainda um local cheio de vitórias régias.
Logo após o almoço, seguimos para o encontro dos rios, quando o rio Negro e Solimões se juntam e não se misturam. Nesse momento, é possível ver bem a diferença, já que o Solimões tem uma cor marrom, barrenta e o Negro, como o nome já sugere, tem águas pretas.
Esse fenômeno acontece por 3 motivos: acidez da água, temperatura e velocidade que o rio corre.
Enquanto o Rio Negro possui um ph ácido, águas quentinhas a 28 graus e corre a 2 km por hora. Já o Rio Solimões, corre a 6 km por hora e suas águas são mais geladas, ficam por volta de 22 graus.
Durante cerca de 6 km, os dois rios não se misturam, mas quando isso acontece, torna-se Rio Amazonas.
Nunca pensei em ver algo assim. De fato, é um passeio muito lindo!
Nesse dia, ainda aprendemos a diferença entre igapó e igarapé, na prática. Igapó são florestas inundadas, com vegetação que sobrevivem embaixo da água. Já os igarapés, são os canais de profundidade baixa, onde só passam barcos pequenos. Inclusive, encalhamos no igapó, foi um passeio com emoção.
O museu da Amazônia é a céu aberto, com o objetivo de mostrar a importância de manter a floresta em pé. Em sua exposição, conta com serpentário, orquidário, trilhas e muita natureza.
Tudo que vemos no museu, ou seja, toda a área verde faz parte da floresta Amazônica.
Ao subir os 240 degraus da torre de observação, é possível ter uma noção do que é a floresta, uma imensidão verde.
Além disso, há um café, onde comi um sanduíche típico chamado X Caboquinho, ou seja, pão francês recheado com lascas de tucumã, banana pacovã madura frita, queijo coalho e manteiga. O melhor que comi em Manaus.
O centro da cidade, possui uma arquitetura do tempo do ciclo da borracha. Ela trás o contraste do Gótico e do Neoclássico com a contemporaneidade. Apesar de um pouco caótico, os edifícios são muito bonitos e a gente nem se sente no Brasil.
Só recomendo evitar a região a noite e ficar só no entorno do teatro Amazonas.
O primeiro cantinho que visitei foi o Teatro, principal cartão postal da cidade. Ele demorou 14 anos para ser construído, de 1884 a 1898 e em 1966 foi tombado individualmente como patrimônio histórico pelo IPHAN.
Ele foi construído com materiais do mundo inteiro, por exemplo: telhas de vidro da Alsácia, os vigas de aço de Glasgow, armação da cúpula de Paris, mármores, lustres e espelhos de cristal de Murano e da Boêmia.
Muito fino! Teatro Amazonas todo vindo da Europa!
Fizemos um tour guiado e para nossa sorte, estava tendo ensaio de uma ópera e pudemos ver um pouquinho do show. Sem contar que seu interior, com capacidade para 700 pessoas é lindíssimo.
Ao lado do teatro e mais antiga que ele, está a Igreja de São Sebastião. Bem pequena, possui só um sino ao invés de dois.
Reza a lenda, que o navio que trazia sua torre, afundou. Outra história, é que só tinha um sino, para não pagar imposto aos portugueses. Mas a verdade é que o aconteceu foi uma crise financeira e também a Proclamação da República, em 1889, que tornou o Estado laico.
O palácio da Justiça fica atrás do Teatro Amazonas. Foi construído no século XIX, para abrigar o poder judiciário do Amazonas.
Nele, há uma exposição ligada ao direito, e homenagem aos juízes e desembargadores, que passaram por lá.
Foi considerada a primeira grande obra da cidade, demorou 20 anos para ficar pronta. Seus sinos foram importados de Portugal.
A igreja fica próxima ao Rio Negro, no alto, para chegar nela, tem que subir umas escadinhas.
Ta aí um lugar que amo conhecer quando viajo. Amo mercados.
São vários pavilhões, com materiais vindos também da Europa, e lá vende T-U-D-O, como por exemplo: remédio, comida, souvernirs, enfim, realmente de tudo.
E eu fiquei maluca nesse lugar! Queria levar tudo, e levei bastante! Quase que não consigo trazer tudo na mala de mão!
Infelizmente, não consegui visitar o Palácio Rio Negro, mas ele foi residência de um comerciante alemão.
Ao deixar Manaus, um coronel ficou responsável pelo imóvel. Atualmente, o edifício é um centro cultural.
Como já disse anteriormente, Manaus é cidade grande e tem tudo, inclusive praia, só que é praia de rio.
Então, tem a orla do rio Negro, com areia e calçadão, que eu até fui lá dar uma volta no final da tarde e senti falta de quiosques sabe? Só vi, uns vendedores ambulantes mesmo.
E tem também a área dos flutuantes, que fui antes de ir embora. São diversos restaurantes que flutuam sobre o rio Negro. Fui em um de stand up paddle, pois o pessoal que estava com a gente, conhecia o rapaz e costumam ir sempre lá. Foi muito divertido, as crianças remaram, eu fiquei só mergulhando e curtindo as águas quentinhas e cor de coca cola.
Eu achei os flutuantes um pouco distante e de difícil acesso. Não deve ser tranquilo conseguir um uber ali, como é na cidade, que foi muito rápido e barato todas as vezes.
Como fazia passeio que durava o dia todo, tinha almoço incluído e escolhemos jantar no hotel, mais de uma vez, por estarmos cansadas.
Mas não posso deixar de falar que a comida em Manaus é deliciosa.
Contudo, tem uns cantinhos que não tenho como não deixar registrado.
Açaí é uma frutinha roxa, fruto do açaizeiro, que tem origem na região amazônica, ou seja, estava ali terra dele.
O melhor açaí que tomei, direto da fonte, foi em uma barraquinha, ao lado do Teatro Amazonas.
É um açaí completamente diferente do que temos aqui (no Rio, pelo menos). Aqui, ele é batido com guaraná e um pouco aguado. Lá na fonte, ele é mais grosso e forte. Uma delícia!
Tacacá é um prato super local. Ou seja, é um caldo feito com goma da mandioca, camarões e tucupi e temperado com alho, sal e pimenta e jambu, uma erva que causa o formigamento da boca.
É também uma comida muito forte e o que eu comi foi o tacacá da Gisele, ao lado do teatro. Mas atenção, ela só abre a barraca às 16:00 horas.